Shabat, 15 de Abib
Morreu ontem, por volta das 3h da tarde no monte do Calvário, cercanias de Jerusalém, Jesus de Nazaré, condenado à morte por crucifixão pelo Sinédrio, pena ratificada pelo governador romano da província da Judéia, Pôncio Pilatos. Homem conhecido por seus grandes feitos, dentre os quais a recente ressurreição de Lázaro após 4 dias depois de sua morte, Jesus começou seu ministério na província da Galiléia, pregando por toda a redondeza até a Judéia, sempre realizando no caminho muitos feitos milagrosos. Foi preso na madrugada da última Sexta, no jardim do Getsêmani. Julgado inicialmente pelas autoridades judáicas, sendo condenado a morte, foi levado à Pilatos para que este ratificasse a condenação. Pilatos, ao saber que o condenado era galileu, mandou-o ao governador da província da Galiléia, Herodes Antipas, que estava na ocasião em Jerusalém. Herodes não ratificou a condenação, mandando Jesus de volta a Pilatos. Os líderes judeus, que tinham grande inimizade para com o profeta galileu, incitaram o povo a clamarem mais e mais pela ratificação da pena de morte. Pilatos então, num ato que indicava ser essa condenação contra a sua vontade, pediu que lhe trouxessem água e, lavando as mãos, entregou Jesus para que fosse crucificado. As 9h da manhã de ontem foi Jesus crucificado, e 6 horas depois expirou, fato incomum para os condenados à crucifixão, que normalmente levam até dias para morrer. O corpo foi retirado por dois ricos judeus, com a autorização de Pilatos, José, da cidade de Arimatéia, e Nicodemos, ambos líderes judeus que simpatizavam com o profeta de Nazaré. Eles embalsamaram Jesus e o puseram numa tumba aberta na rocha, tapando a abertura com uma grande pedra. Os sacerdotes e líderes judeus que condenaram Jesus pediram a Pilatos que mandasse guardas para vigiar o túmulo, temendo que os discípulos roubassem o corpo e simulassem uma ressurreição. Fontes dizem que Jesus havia predito sua morte e ressurreição, o que levou os líderes judeus a pedirem isso. Pilatos atendeu ao pedido e mandou uma guarda de soldados romanos para vigiar o túmulo.
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